Chile | Parte 1 - Três dias, um feriado e muito planejamento

Em agosto de 2017, num momento de impulsividade, resolvi aos 45 do segundo tempo, viajar para Santiago, no Chile. Eu ainda não tinha viajado esse ano e tinha prometido a mim mesma que trabalharia para viajar e não apenas pagar contas. E em 2017 eu ainda estava só na parte do “pagar contas”. Então como agosto foi um mês mais cheio de trabalhos, resolvi aproveitar e me dar de presente uma viagem (em setembro seria meu aniversário, então, porque não?). Mandei mensagem para minha amiga Lorenza, que também é autônoma e poderia viajar durante a semana, e pedi que olhasse uma data na agenda dela em setembro para viajarmos. Data definida (viajaríamos dia 17/09 a noite e voltaríamos dia 21/09 de manhã), passagens compradas, hora de planejar o que fazer em Santiago nos 3 dias que teríamos. E foi então que veio a surpresa. Pesquisando sobre o que fazer por lá acabei descobrindo que na data que iríamos seria feriado nacional no Chile, as Festas Pátrias, o feriado mais importante para os chilenos. Ou seja, em 2 dos 3 dias que passaríamos lá, tudo estaria fechado. Não vou mentir, a princípio pensamos em desistir da viagem, mas depois de muito ponderar e avaliar a situação, a vontade de tirar uns dias para descansar era maior que o receio de ficar sem nada para fazer em outro país. Então decidimos manter os planos!

Como teríamos pouco tempo e um feriado no meio da brincadeira, planejar o que fazer em cada dia foi essencial. Então nosso roteiro (e a divisão desses posts também) foi o seguinte:

Dia 1 - Citytour pela manhã e a tarde dar umas voltas por algum bairro e algum parque que estivesse aberto.

Dia 2 - Passeio a Cajon del Maipo/ Embalse el Yeso e visitar uma Fonda, festa típica chilena.

Dia 3 - Dia de conhecer a cidade funcionando, visitar alguns pontos turísticos que fossem próximos uns dos outros e aproveitar o final da tarde para fazer comprinhas (porque né, sempre dá pra trazer alguma lembrancinha de viagem).

Algumas semanas antes da data marcada para viajar, comentei com o João da RDC Férias que faria essa rápida viagem a Santiago e foi dessa conversa que veio o convite para eu escrever mais uma vez um texto para a  edição 56 da revista deles (que você pode ver aqui). Para quem não viu nas minhas redes sociais, em agosto escrevi uma matéria com dicas de fotografia de viagem para a edição 55 da revista da empresa (que também foi publicada no blog deles nesse link aqui). E no fim esse papo foi ótimo também porque, não só escrevi a matéria para eles como também foram eles que nos ajudaram a encontrar a melhor hospedagem, nos sugeriram o citytour e ainda cuidaram do nosso traslado do aeroporto para o hotel (e vice-versa) e do seguro viagem para o Chile.

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Chegamos ao hotel em Providencia no dia 18, por volta de 3h30 da manhã. Dormimos algumas poucas horas e logo cedo já estávamos de pé. Sabendo de antemão que a maioria dos pontos turísticos estariam fechados naquela data, no primeiro dia optamos por fazer um citytour organizado pela RDC Férias para ter uma visão geral da cidade. Santiago é linda, plana (o que é ótimo para conhece-la a pé, que pra mim é o melhor jeito de conhecer uma cidade), cheia de parques e com uma arquitetura que mistura o moderno ao antigo. Como os principais pontos turísticos da região central estavam fechados para visita, inclusive algumas ruas não se podia passar de carro nem estacionar para visitar a pé enquanto eles organizavam tudo para os desfiles que ocorreriam mais tarde, o guia nos levou para conhecer alguns bairros de regiões da cidade (Santiago é dividida por regiões que são administradas cada uma por um prefeito e dentro dessas regiões existem os bairros). Passamos por alguns pontos mais conhecidos como Bellavista, Lastarria, as regiões de Las Condes e Providencia, entre outros bairros que o guia foi nos contando a respeito.

Já estávamos quase no final do passeio e ainda não tínhamos visto as Cordilheiras já que o dia amanheceu nublado e com muita neblina. Mesmo com o sol começando a aparecer já perto do meio do dia, as montanhas continuavam encobertas. Como os cerros (Cerro San Cristóbal e Cerro Santa Lucía) estavam fechados para o público naquele dia, não poderíamos subir em nenhum deles para ver a panorâmica da cidade com as Cordilheiras ao fundo. Mas o guia do citytour deu um jeitinho e nos levou para o alto de um bairro nobre, um dos poucos que não ficam numa área plana, e então pudemos ver as famosas Cordilheiras ao fundo da cidade, com o charme extra da neblina da manhã se dissipando aos poucos. Foi nesse momento que eu realmente senti que estava em Santiago!

Terminamos o passeio já perto do horário do almoço e então decidimos ir ao Patio Bella Vista, um dos poucos pontos turísticos funcionando no feriado. Fizemos uma caminhada até uma estação de metrô e de lá chegamos facilmente ao Patio. Além de restaurantes, o lugar tem várias lojinhas que vendem desde roupas até lembrancinhas turísticas. Lá o que não falta são opções de restaurantes, tem pra todos os gostos, comida japonesa, mexicana, especializados em carnes, massas e fast foods.

Saindo dali fomos dar uma volta pelo Parque Forestal que fica bem próximo ao Patio Bella Vista. Eu já queria muito ir lá depois de ter visto algumas fotos, e realmente é uma graça de lugar. Andamos por um pedacinho dele e deu pra sentir que é um local gostoso para dar uma volta sem pressa, sentar para descansar e curtir o clima. Vimos algumas pessoas fazendo caminhada por ali e muitas famílias aproveitando o final da tarde de sol para passear. E de fato estava uma tarde linda para um passeio no parque. 

Apesar de nessa época do ano o horário de Santiago ser o mesmo do Brasil, as 19h ainda estava bem claro. Mesmo assim resolvemos voltar para o hotel e descansar já que tínhamos dormido muito pouco na noite em que chegamos. Na volta para o hotel descobrimos um Starbucks que estava aberto e paramos pra tomar um café e comprar alguma coisa para comer mais tarde. 

O hotel que ficamos foi o Bonaparte Hotel, indicação também do pessoal da RDC Férias. Quando viajo normalmente eu gosto mais de ficar em apartamentos alugados, me sinto mais a vontade e sinto como se eu fosse moradora da cidade. Mas como nesse caso iríamos chegar e sair de madrugada para o aeroporto, achamos melhor ficar em um hotel para não correr o risco de ficar na rua ou ter qualquer complicação (já tive uma experiência não muito boa ano passado com apartamento alugado na minha última viagem a NY, mas isso é história para outro post). E a indicação do hotel Bonaparte foi a melhor possível. O hotel é uma graça, aconchegante e com bom atendimento, fica em Providencia, num bairro super tranquilo, arborizado e bonito. Caminhar por aquela área todos os dias de manhã ou a tarde era bem gostoso.

Para um primeiro dia, até que conseguimos ver bastante coisa. No próximo post eu conto como foi nosso segundo dia e o passeio que foi o ponto alto da viagem: Embalse El Yeso!

 

* Você pode ler as últimas edições da revista da RDC Férias por aqui: http://scup.it/i35n

** E pra quem quer programar uma viagem a Santiago ou qualquer lugar do mundo, conte com a RDC Férias e a RDC Viagens (agência do associado RDC Férias) e confira as opções de passagens aéreas, hospedagem, aluguel de carro e diversos outros serviços turísticos para este e outros destinos internacionais. Mais informações através do site:  http://scup.it/hzci